sexta-feira, abril 28, 2006

ainda em Abril

Eu, palhaço (de Quixote) que me arrasto no nome Francisco, ando irritado.
Tenho urticárias na pele e no ver, que me arrepelam os sentidos.
Não tenho noção exacta do que me provoca o desconforto de existir neste limbo social, onde todos se balançam com cus de pinguins.
Nunca fui , na essência revolucionário, talvez por ter vivido adolescência rebelde num país que procurava adaptar-se à liberdade e que aqui ou ali a confundiu com libertinagem. Mas sempre fui irreverente, desacomodado com tudo, irrequieto no sentir e no olhar.
Isto, para dizer ( reafirmando no escrito)que "Gosto de flores!".
Quaisquer!
Basta que sejam flores. Do campo ou de estufa, desde que não sejam de JARRA! Muito menos de plástico!
O meu problema ( de hoje, da urticária , do desconforto,da irritação, da indignação silenciosa e contida) são as flores. Cravos ou outras.
Quaisquer !
De tanto as usarem, de tanto as colherem ou copiarem, desbotaram!
Morreram de função!
Como os nossos representantes ... [ do povo? somos nós individualmente povo? será o meu desalento , do povo?
Representam eles (os pinguins) o povo? a nossa indignação? o nosso desconforto?].
Como os nossos deputados... De plástico. Colhidos. Murchos. (En)cravados na mediocridade de serem simplesmente imitações!
Gosto de pinguins, mas não aqui. Lá de onde eles são ( a marchar, a dormir, a pescar ou simplesmente a amar). Não sentados ALI a fingirem-se inteligentes. Gosto deles autênticos!
O que me pergunto, é se existe democracia de facto, quando deparamos com enorme imbecilidade, e nos deixamos acomodar por flores murchas, decepadas, pastichadas, falsificadas!

Ah que saudades de sentir o País Vivo! Autentico! INTEIRO!

terça-feira, abril 25, 2006

flores em forma de sonho

Então o sonho saiu à rua e a arma floriu...